sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ainda vista como brincadeira infantil, corda é aliada na luta contra balança

Considerada mundialmente um esporte, modalidade traz benefícios para o corpo e é recomendada a pessoas de todas as idades, mas há restrições 


Pular corda é uma prática que remete à infância. Por muitos, a modalidade é vista apenas como uma brincadeira. No entanto, o exercício, considerado mundialmente um esporte, traz benefícios ao corpo e pode ser um grande aliado para a perda de peso.

A atividade aumenta a resistência cardiovascular, desenvolve a coordenação motora, fortalece pernas e pés, e proporciona um alto gasto calórico. Em média, perdem-se 400 calorias por 30 minutos de exercício.

Para começar a pular corda, é necessário calçar um tênis e vestir roupas leves e confortáveis. O ideal é praticar o esporte em um piso duro e escolher uma corda com o comprimento adequado. O tamanho depende da altura de quem vai se exercitar. Pessoas com até 1,50m devem usar uma corda de 2,45m. Para aqueles entre 1,50m e 1,80m, a corda deve ter 2,65m. Já indivíduos com mais de 1,80m, a corda certa tem 2,85m.

- O ideal é pular corda em chão de piso duro, pois quando houver contato com o solo, este será de maneira mais rápida, gerando menos força na hora de executar o salto. Nossos tendões foram preparados para devolver impacto e não absorver, diferentemente do que as pessoas pensam - explica o professor de Educação Física Christiano Markes.

O esporte é recomendado para pessoas de todas as idades. No entanto, obesos ou pessoas com sobrepeso não devem praticar a atividade. A recomendação também serve para indivíduos que tenham problemas nas articulações dos membros inferiores - quadril, joelhos e tornozelos. Cardiopatas, hipertensos e diabéticos só com liberação médica e sob a orientação profissional.

O fortalecimento da musculatura e das articulações é primordial para quem pula corda. De acordo com Christiano Markes, os iniciantes devem progredir no esporte com cautela e sempre com supervisão profissional.

- Os iniciantes devem começar devagar, de maneira gradativa, saltando com os dois pés, olhando pra frente e sempre com orientação de um professor de Educação Física. Ele vai saber prescrever a sua progressão de maneira correta, segura e eficiente - aconselha.
Com campeonatos por todo o mundo, a modalidade chega ao Brasil através da primeira competição oficial de pular corda da América do Sul. Realizada no evento Arnold Classic Brasil entre os dias 25 a 27 de abril, a disputa terá atletas de 6 a 22 anos concorrendo em dez modalidades diferentes.

Manobras

O esporte pode ser praticado individualmente - valorizando a velocidade, a dificuldade e a precisão dos movimentos - ou em equipe - priorizando o sincronismo, a criatividade e o trabalho de grupo. 

Há diversas manobras e combinações possível para pular corda. As mais populares são o salto cruzado e o salto duplo. No primeiro, cruza-se os braços como ao dar um abraço em si mesmo e, depois de pular uma vez, descruza-se os braços, revezando os movimentos. O segundo consiste em passar a corda duas vezes sob os pés a cada salto. 

Existem três modalidades para bater a corda: a corda simples - na qual uma pessoa salta com uma corda para realizar manobras individuais ou exercícios de velocidade denominados “speed” -, a corda dupla (double dutch) - uma ou mais pessoas saltam entre duas cordas batidas alternadamente por outras duas pessoas - e a roda chinesa (chinese wheel) - duas ou mais pessoas, cada uma com uma corda, executam saltos combinados sobre a própria corda, com uma ponta batida por ela mesma e outra por outra pessoa. 

Na double dutch há diversas possibilidades de combinações de saltos, acrobacias e recursos coreográficos. Já a chinese wheel exige precisão técnica, sincronia e ritmo, por isso é considerada a mais difícil das três modalidades.

FONTE: Eu Atleta

 

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