Dar um basta no sedentarismo é uma boa maneira de espantar a doença
Que exercícios físicos fazem bem, ninguém pode negar. Mas você já ouviu falar que eles têm a capacidade de combater a depressão?
Uma compilação e revisão de 39 estudos feita pelo Centro Cochrane do Brasil concluiu que exercícios moderados têm resultado efetivo no tratamento da doença.
Maíra
Parra, pesquisadora da instituição que realizou a compilação e Mestre
em Esportes e Ciências da Saúde, afirma que a depressão está associada a
baixos níveis de atividade física. "O exercício pode agir no humor
através da diminuição de pensamentos negativos, de um aumento do contato
social e da elevação da autoestima", explica ela.
E não para por aí, já que os hormônios
também são afetados. Aumenta-se a liberação de serotonina (substância
ligada ao humor), altera-se os níveis de endorfina (sensação de
felicidade, prazer e euforia) e reduz-se os níveis de cortisol (hormônio
do estresse). Além disso, o crescimento de novas células nervosas é
estimulado e são liberadas proteínas conhecidas por melhorar a saúde e
sobrevivência destas células.
Em estudo realizado pela Universidade Duke, nos Estados Unidos, foi constatado que as atividades aeróbicas
tiveram respostas mais significativas do que as anaeróbicas quando
mediu-se a melhora no quadro depressivo dos praticantes. Ou seja, quando
se vai para o consultório de bicicleta, a probabilidade de o seu dia
ser melhor aumenta consideravelmente!
Como incorporar os exercícios?
De
acordo com o educador físico Túlio Marcondes, coordenador da academia
Floresta Fitness, os exercícios entram como aliados na melhora da
autoestima e da autoconfiança. "As evidências apontam que o exercício ajuda na cura de depressões
leves e moderadas. É indicado que o paciente escolha uma atividade que
goste, comece devagar e repita três vezes por semana (de 20 a 30
minutos). Depois pode-se aumentar a intensidade de acordo com a
orientação do profissional orientador", recomenda Marcondes.
Outra grande ajuda na cura da depressão
é o diagnóstico precoce. Sabendo da doença ainda em suas fases
iniciais, o tratamento fica mais fácil e o apoio de amigos e parentes se
torna ainda mais efetivo.
Caso você se sinta "para baixo" em boa
parte do seu tempo, procure fazer atividades prazerosas, como ir ao
cinema ou teatro, sair com os amigos etc. Caso opte pelos exercícios,
pratique as modalidades que mais lhe dão prazer e, acima de tudo,
procure um ajuda profissional. O conselho vale tanto para o
acompanhamento psicológico, quanto para o físico.
Busque sua
felicidade em cada pequeno detalhe e em todas as suas atividades.
Afinal, a vida é curta demais para fazer coisas chatas, certo?
FONTE: MaisEquilíbrio
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